(Foto: Manancial FM)
A Indústria farmacêutica e os especialistas estão preocupados com a possibilidade de existir um atraso na distribuição de vacinas contra a Covid-19, devido à falta de seringas que afecta vários países, sobretudo, os Estados Unidos, de acordo com o ‘The Guardian’.
Diante da possibilidade de uma vacina ser aprovada já este inverno, os líderes da indústria e diversos especialistas alertam para o facto de que os governos têm apenas um curto espaço de tempo para aumentar o fornecimento de seringas a fim de lidar com o vasto número de vacinações necessárias para controlar a pandemia.
Segundo os especialistas, o maior perigo de escassez não costuma surgir na primeira ronda de qualquer programa de vacinação, mas sim na segunda e terceira rondas, previstas para 2021. Por esse motivo, os fabricantes têm de duplicar a capacidade de produção para responder à procura.
Esta situação encurta o prazo de produção de seringas para apenas alguns meses, visto que a chegada antecipada de uma vacina pode interromper a cadeia de abastecimento.
«O que temos dito aos governos em todo o mundo é que, se pretendem realizar um programa de imunização contra a Covid-19, é necessário produzir seringas agora e não esperar até que a vacina esteja pronta», disse Troy Kirkpatrick, porta-voz da Becton , Dickinson & Co 8BD), o maior fabricante mundial de seringas.
A empresa é responsável pela produção de mais de metade das seringas usadas nos Estados Unidos e já prometeu produzir 470 milhões de equipamentos para os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá.
Já há algum tempo que os especialistas têm vindo a alertar sobre uma potencial escassez de seringas. Em Maio, o ex-director da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico, Rick Bright, apresentou uma queixa alegando que o stock nacional dos EUA contava apenas com 15 seringas.