(Foto: Manancial FM)
A Rodik,
uma startup chinesa sediada na cidade de Hangzhou, lançou um acessório
capaz de ajudar no combate à Covid-19. O par de óculos, batizado como
T1, mede a temperatura corporal de várias pessoas praticamente ao mesmo
tempo. Isso pode ser útil para detectar possíveis casos de Covid-19 em
shoppings e aeroportos, por exemplo, conforme as quarentenas vão ficando
mais brandas – claro que febre não é indício automático da doença, mas é
a única forma que existe para detectar alguém que possa estar infectado
em tempo real (e impedir a pessoa de entrar no aeroporto ou no
shopping).
A ferramenta é capaz de detectar a
temperatura de até 100 pessoas por minuto, a uma distância de até 300
metros – ele mede só uma temperatura de cada vez; mas, como faz isso
numa fração de segundo, é útil para aumentar a produtividade das
detecções. Outra vantagem é que ele pode ser usado de forma mais segura
que os termômetros infravermelhos digitais de hoje – aqueles que são
apontados para a testa do paciente em lugares públicos e têm formato
parecido com um secador de cabelos. O problema é que esses medidores
exigem a proximidade das pessoas, já que o aparelho deve estar
posicionado de 5 a 15 centímetros de distância da testa para que o
resultado seja certeiro.
Os desenvolvedores do óculos T1
continuam trabalhando em atualizações. Em breve, devem lançar uma versão
capaz de fazer quatro leituras simultâneas. Até o dia primeiro de maio,
foram vendidos cerca de mil pares para governos, indústrias e escolas,
como foi relatado pela Reuters.
Outras empresas também têm lançado produtos que podem ser úteis no combate à pandemia. É o caso da desenvolvedora
chinesa de inteligência artificial SenseTime, que desenvolveu sensores
térmicos de alta precisão para serem implantados em locais públicos. A
ferramenta consegue examinar grupos de até dez pessoas por segundo e
dizer se a temperatura do corpo excede os 37,3 ºC (margem de erro de 0,3
ºC). Além disso, o sistema aponta com 99% de certeza se a pessoa está
ou não usando máscara. As medidas são úteis para controlar o vai e vem
de pessoas em locais com a quarentena já relaxada, como é a situação da
China atualmente.
As empresas também gostaram da ideia. A
Amazon, que teve casos de coronavírus em 50 de seus armazéns, começou a
implantar câmeras térmicas em seus estabelecimentos. Dessa forma, seus
funcionários seriam testados diariamente, e a empresa evitaria o temido
fechamento. A companhia contratada pela Amazon não foi divulgada.