(Foto: Manancial FM)
O número de evangélicos no Brasil não para de crescer.
Esse fato foi constatado por uma pesquisa de alcance mundial realizada
por Sébastien Fath, historiador e pesquisador da organização francesa
CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica).
Preocupado
em consolidar os dados coletados por ele de modo oficial, Sébastien
explicou que o seu censo foi baseado nos critérios desenvolvidos pelo
historiador britânico David W. Bebbington, especialista mundialmente
reconhecido em protestantismo evangélico.
A pesquisa do historiador revelou,
entre outros dados, os cinco países com o maior número de evangélicos
do planeta, sendo eles Estados Unidos (93 milhões); 2) China (65
milhões); 3) Nigéria (55 milhões); 4) Brasil (46 milhões); 5) Índia (28
milhões).
Os dados de Sébastien também são confirmados por outras
pesquisas, entre elas uma que apontou a superação do número de
evangélicos no Brasil, em relação aos católicos, dentro de apenas dez
anos, informou a Folha de S. Paulo.
Outros
dados relevantes na pesquisa de Sébastien são os perfis levantados
quanto ao que significa ser evangélico/protestante. Foi apontado que os
evangélicos se distinguem:
a) por seu biblicismo (o lugar central que eles dão à Bíblia), o que os torna verdadeiros protestantes ;
b) pelo crucicentrismo (apego à cruz de Jesus Cristo e seu significado);
c) por sua convicção de que a conversão é necessária para se tornar cristão (“não se nasce cristão, se se torna um”) e;
d) através de seu compromisso militante (dado que alguém entra na vida cristã por um “novo nascimento”, mudanças devem ser vistas em comparação com a vida antiga).
Quanto ao crescimento do número de evangélicos no Brasil, para José Luís Pérez Guadalupe, sociólogo e educador peruano, isso tem transformado o país em uma espécie de “terra-prometida”.
“Devemos
lembrar que o impressionante crescimento numérico não foi graças a um
‘pentecostalismo missionário’, mas a um pentecostalismo autóctone,
crioulo e leigo, que permitiu a enorme penetração cultural que tem na
atualidade”, argumenta o educador.