(Foto: Manancial FM)
Atletas olímpicos deveriam receber implantes de chips,
similares aos usados pelos cães. Em meio a um extenso debate sobre
maneiras de controlar o doping, o diretor executivo da World Olympians
Association, (WOA) Mike Miller, acredita que essa é a maneira mais
eficaz.
A proposta foi feita durante um debate sobre integridade e responsabilidade no esporte. De acordo com a imprensa britânica,
o representante da organização olímpica reclamou que são precisos
métodos mais "robustos" para controlar o uso de substâncias ilegais.
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Por
isso, ela considera uma boa ideia implantar sensores no corpo humano
capazes de identificar em tempo real mudanças no organismo que ofereçam
algumas vantagens ilegítimas nas competições: "Estamos dispostos a
colocar chips em nossos cães e isso não parece afetá-los. Por que não
podemos então colocar chips em nós mesmos?", questionou.
A
próxima Olimpíada será em 2020, em Tóquio, Japão. Nos Jogos Olímpicos
do Rio 2016, a equipe de atletismo da Rússia foi banida por causa do
doping, mas recorreu e conseguiu competir, mesmo que sob desconfiança.
Miller
pensa em evitar que esse tipo de situação se repita. "Para acabar com o
doping, precisamos colocar chips nos nossos atletas, se a tecnologia
assim permitir", acrescentou. Em resposta às críticas sobre a possível
invasão da privacidade, Miller minimizou. Para ele, o esporte "é como um
clube" e as pessoas não são obrigadas a fazer parte dele se não
conseguem seguir suas regras.
Uma
das principais preocupações de Miller é que existe a possibilidade de
os atletas "mascararem" o doping utilizando a tecnologia já existente.
Com o uso do chip seria possível detectar se existe algo de anormal no
organismo dos atletas "em todos os momentos". Essa detecção seria
instantânea e impossível de disfarçar.
Comparação com o nazismo
Obviamente que a sugestão gera polêmica, em especial por que atletas sempre são vistos como "modelos" pelos mais jovens.
Liz
McIntyre, especialista em privacidade, aponta para a desvantagem dos
chips com rádio frequência (RFID). Ela afirma que vivemos em um governo
democrático agora, mas esse tipo de tecnologia pode ser usada para
coletar dados por alguém mal-intencionado.
"A qualquer
momento, esse alguém poderia usar esse poder contra nós", alerta. Ela
comparou o microchip humano moderno aos dias de Hitler, quando os judeus receberam cartões perfurados produzidos pela IBM.
Estes
cartões serviam como forma de controle e facilitaram o genocídio,
permitindo que oficiais alemães identificassem facilmente os judeus,
ciganos e homossexuais durante o Holocausto. Com informações de Christian Headlines