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Mundo

Publicada em 27/11/17 às 08:39h - 344 visualizações
Aquecimento global pode provocar danos irreversíveis à saúde humana, dizem especialistas
Tema ainda é pouco abordado por painel da ONU que estuda as mudanças climáticas

Manancial FM

RIO — Desnutrida, menos produtiva, mais vulnerável a doenças infecciosas 

e catástrofes naturais. A população mundial está cada vez mais exposta a 

enfermidades como consequência direta e indireta das mudanças climáticas. 

Os danos à saúde provocados por eventos extremos foram tema de um estudo 

internacional publicado na revista "Lancet". Segundo seus autores,

 as transformações ambientais provocadas pelo homem ameaçam minar os 

progressos realizados pela medicina nos últimos 50 anos.

"A resposta demorada às mudanças climáticas nos últimos anos prejudicou a vida

 humana e seus meios de subsistência", criticaram representantes das 24

 organizações que elaboraram o relatório chamado "A contagem regressiva:

acompanhamento dos progressos em saúde e mudanças climáticas". Os

 sintomas, ressaltam, são "potencialmente irreversíveis" e terão um impacto 

desproporcional no planeta, afetando principalmente os países que emitem 

menor quantidade de gases de efeito estufa.

Com a elevação da temperatura da Terra, aumentou em 125 milhões, desde 

o início do século, o contingente de afetados pelas ondas de calor, como as

 registradas no último verão europeu. A produtividade do trabalho rural caiu 

5,3% desde 2000 — no ano passado, a elevação dos termômetros tirou mais

 de 920 mil pessoas da força de trabalho. O aquecimento global é implacável

 com a agricultura. Estima-se que, a cada aumento de 1 grau Celsius na

temperatura, a produção de trigo cai 6% e a de arroz, 10%. Com menos 

comida, maior a incidência da desnutrição.

De acordo com o levantamento da "Lancet", a poluição atmosférica mata 

cerca de 18 mil pessoas por dia. Na amostra aleatória de cidades realizada

 pelos pesquisadores, concluiu-se que 87% estão violando as diretrizes de

 poluição atmosférica estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade

 de Medicina da USP, Paulo Saldiva destaca que, por pressão dos países 

desenvolvidos, a saúde nunca mereceu um capítulo nos relatórios do Painel

 Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). As doenças relacionadas

 ao clima só passaram a ser denunciadas em 2013, quando a OMS debruçou-se

 sobre o tema.

— Houve um aumento acentuado da área de circulação de mosquitos transmissores

 de doenças como a dengue e a malária, porque as cidades estão mais quentes e, 

por isso, semelhantes às florestas tropicais, o seu habitat natural — destaca Saldiva

. — Devemos mostrar às pessoas o impacto das mudanças climáticas em suas vidas,

 e não em um futuro distante. Por exemplo, como a preferência por caminhar, 

em vez de usar meio de transporte, pode reduzir a ocorrência de doenças como

 o infarto.

Para Saldiva, a discussão climática nacional caminha a passos mais lentos do

 que a de outras nações em desenvolvimento, como a Índia e a China. O Brasil, 

alerta, não é transparente sobre "o preço a ser pago com as mudanças do clima":

— Mostramos gráficos sobre o aumento da poluição atmosférica, mas sem

 explicações sobre suas consequências éticas e morais. Não falamos, por

 exemplo, sobre a perda de expectativa de vida e o potencial aumento de casos 

de câncer e aborto. Tampouco informamos à população sobre o aspecto 

econômico: ignoramos o número de pessoas acometidas por problemas de 

saúde ligados ao clima e, por isso, não fazemos estatísticas relacionadas

 a diversos prejuízos, como a perda de horas de trabalho provocada por

 adoecimento.

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XXI. Entre 2000 e 2016, houve um aumento global de 46% nos desastres 

meteorológicos. Somente em 2016, foram registradas US$ 129 bilhões de

 perdas econômicas causadas por eventos relacionados ao clima. No Brasil,

entre as 59 cidades que responderam a uma pesquisa da instituição de

 sustentabilidade Carbon Disclosure Project, 30 não fizeram avaliações de

 risco das mudanças climáticas.

Coordenador-geral de Pesquisas e Desenvolvimento do Centro Nacional 

de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo 

considera que o prejuízo e o número de vítimas em catástrofes podem ser

reduzidos na "marra" se os países reduzirem as emissões de gases-estufa:

— Se formos severos, será possível frear o aquecimento global e teremos

 menos chuvas intensas, um dos eventos climáticos extremos. Também me

 preocupo com as ondas de calor, cujo impacto tende a aumentar entre

 crianças e idosos.



Leia mais: https://oglobo.globo.com/sociedade/aquecimento-global-pode-provocar-danos-irreversiveis-saude-humana-dizem-especialistas-22012052#ixzz4zdBm6Xz7 
stest 




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