(Foto: Manancial FM)
Com o avanço da pandemia, que já fez
34,6 mil vítimas no Brasil, as medidas de distanciamento social se
tornaram regra – principalmente em locais onde costuma existir
aglomeração.
Algumas cidades do país, como Belém, Teresina e São Paulo,
já começaram a se adaptar. A ideia é que, ao observar faixas pintadas
no chão de pontos de ônibus, por exemplo, pessoas saibam qual distância
mínima guardar entre si.
A recomendação da OMS
é clara: para evitar que alguém com Covid-19 espalhe a doença, o ideal é
ficar a pelo menos 1 metro de distância de outras pessoas. Uma pesquisa
publicada recentemente na revista científica The Lancet, porém, indica que essa estimativa pode ser conservadora demais.Covid-19: nem todos os pacientes com os pulmões seriamente comprometidos sentem falta de ar
Após analisarem 172 estudos,
feitos em 16 países, pesquisadores descobriram que a até 1 metro de
distância, o risco de alguém ser infectado é de até 13%.
O
estudo diz que, a cada metro extra, o risco é reduzido pela metade.
Quem mantém dois metros de distância em vez de um, assim, teria entre 6%
e 7% de risco de pegar Covid-19 – algo não desprezível, porém mais
aceitável. Essa relação vale a até 3 metros de distância, segundo o
estudo. Com as duas pessoas usando máscara, um risco de contaminação de
17% (a menos de um metro de distância) pode cair para apenas 3%.
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Por
ser um vírus que viaja pelo ar, é consenso que o Sars-CoV-2 pode
infectar pessoas mais facilmente dentro de locais fechados do que em
áreas abertas. Um estudo japonês
que analisou 110 casos de Covid-19 descobriu que o risco de contrair a
doença num ambiente fechado é 18,7 vezes maior do que ao ar livre.
De qualquer forma, nenhum risco deve ser ignorado. Um experimento feito no MIT,
por exemplo, mostrou que as gotículas de saliva eliminadas quando uma
pessoa tosse podem voar até 6 metros. Não adianta, então, sair da
quarentena só para fazer exercício se, durante a corrida, você não
estiver a uma distância segura de quem passa ao lado.